Bispos Católicos realizam 56ª Assembléia Geral
A 56ª Assembléia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), começou dia 11 de abril, com programação até o dia 20, no Santuário de N. S. Aparecida, com o tema: “Diretrizes para a formação de Presbíteros da Igreja no Brasil”.
Os Bispos se reúnem anualmente para fazer balanço de suas atividades, rever ações e propor diretrizes. Participaram da Assembléia 270 Bispos de 18 Regionais da CNBB, e os diversos padres e assessores de todo o país. A Assembléia ocorreu dias depois que os católicos manifestaram sua indignação pela celebração ecumênica presidida por Dom Angélico Sândalo Bernardino, na manhã de sábado, 7 de abril, em apoio ao ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva.
Cada vez mais leigos se posicionam nas redes sociais criticando a influência da teologia da libertação e do relativismo, debilitando a evangelização, especialmente no campo dos costumes, que vem se tornando cada vez mais liberal, em vários aspectos. Enganam-se os que pensam que a teologia da libertação havia desaparecido nos anos 90 e começo do século 21. Pelo contrário, assumiu outras formas. Por isso, os Bispos tem o dever de mergulhar em tais temas, pois refletem no número de adesão de fiéis que oscila a cada ano.
A Igreja desenvolve um importante papel social enquanto instituição, mas não pode perder sua dimensão espiritual, para não se tornar algo parecido com uma OnG. Por isso, os Bispos precisam ter uma sintonia maior com os problemas da sociedade, sem se deixar instrumentalizar por ideologias políticas. Daí a importância dos encontros anuais da CNBB. “É uma experiência positiva a convivência dos Bispos com os romeiros que peregrinam no Santuário Nacional. Isso nos possibilita entrar em contato com fiéis de todo o Brasil”, destaca o Cardeal Dom Orani João Tempesta, da Arquidiocese do Rio de Janeiro. Que este momento privilegiado de oração e reflexão permitam aos Bispos brasileiros uma melhor leitura da realidade nacional, capazes do discernimento que conduzam a ações que renovem as esperanças. Vivemos um período peculiar em nossa história, de apelo geral por um Brasil menos corrupto e mais decente.
Os jovens vivem esse clima de expectativa e esperam que a Igreja lhe dê apoio para que vivam o Evangelho, em meio aos desafios concretos da realidade do nosso tempo. Que os Bispos reunidos em Assembléia Geral, em Aparecida ofereçam respostas às tantas interrogações do momento, para que possamos melhor anunciar e viver os princípios e valores cristãos.
E, finalmente, que os Bispos definam com clareza o perfil do sacerdote desejado pela Igreja do Brasil. Minha opinião: nem engajados nem alienados políticos.