Psicologia

Fome emocional

A estética é hoje um ponto muito importante na sociedade. Ser magro e bonito é importante para uma grande parte das pessoas, pois isto está falsamente ligado a sucesso profissional e pessoal.

Contudo estar magro não é uma tarefa fácil num mundo com tantas “tentações” e pouca disponibilidade de tempo para pensar numa alimentação saudável. Além da dificuldade em virtude daquilo que vemos e da rotina estressante vem a dificuldade de se controlar o que pode ser chamada de “fome emocional”, quando não estamos verdadeiramente com fome, mas com um “vazio”.

Por “fome emocional, ou psicológica, entende-se aquela que não tem ligação com a sustentação da vida. Implica em comer “apenas por que a comida está lá”; “porque alguém se preocupou em prepará-la”; “porque paguei pela comida”, “porque tenho pena de jogar fora”; “porque me sinto ansioso”; “porque estou triste, frustrado, feliz, etc…”. Por fim, a fome emocional é a que nos faz comer mais e mais, apesar de já estarmos satisfeitos ou até passando mal. É ela que nos faz engordar.”(Fonte: www.pensemagro .com.br)

 

Este vazio percebido pode ser sinal de várias coisas em nossas vidas que acabam sendo compensadas na comida e nos “ataques à geladeira”. Muitas vezes a compulsão de comer sem pensar está relacionada com a ansiedade. Para algumas pessoas, estar preocupado é sinal de uma dificuldade em parar de comer ou pensar em alimentos. Muitos profissionais destacam que fome emocional é qualquer tentativa de compensar solidão, estresse, ansiedade, sentimento de culpa ou de vazio com muita, muita comida.

Lendo isso pode-se perceber o quanto é difícil escapar, pois é impossível viver em sociedade sem passar por algum período de estresse, solidão, ansiedade ou de culpa por algo que não conseguimos fazer. Sendo assim, a maneira de facilitar o processo de emagrecimento passa pelo não bloqueio dos sentimentos acima. Para isso, é necessário estar mais bem preparadas para lidar com eles de forma adequada e não ter necessidade de “descontar” na comida, sabendo que isso não trará soluções. Comer um brigadeiro para fugir da solidão tudo bem, mas comer uma lata de brigadeiro, mais pão, bolacha recheada e feijão gelado. Não há dieta que resista!

Posto isto, destaco a importância do trabalho interdisciplinar para auxiliar o emagrecimento: psicólogo, nutricionista, educador físico, dentre outros, para as pessoas que possuem compulsão pela comida. O trabalho centra-se na busca de formas adequadas para lidar com os problemas do dia a dia, colocando cada um em seu lugar, com sua devida importância, tempo para lidar com ele e consciência que nem sempre damos conta de tudo que gostaríamos. Existem no mercado diversos profissionais capazes de auxiliar nesta busca.

Francieli Franzoni Melati

Francieli Franzoni Melati Psicóloga – CRP 08/9543 Francisco Beltrão - PR