Conversando sobre adolescência – Final
Os próprios adolescentes acreditam estar numa fase de transição, que causa dúvidas e incertezas sobre o que fazer. Assim, é importante que os adultos e os próprios adolescentes entendam que eles têm necessidades particulares que são diferentes às das crianças e dos adultos. Esse entendimento ajudará a perceber as particularidades desta fase e de suas necessidades.
A própria definição e delimitação da adolescência é difícil, já que é genérica, pois só a idade não é suficiente para isso, não pode ser aplicada a todos os adolescentes. Antigamente, as crianças eram adultos em miniatura, que, quando preparados emocionalmente, tornavam-se adultos e começavam a assumir responsabilidades. A adolescência é uma fase caracterizada socialmente a fim de estabelecer uma limitação entre essas duas fases. Assim, o adolescente ocupou um papel social, mas que precisa ser definido sua função, já que passou da infância, mas não está pronto para se tornem adulto, pois ainda não estão preparados para isso.
Essa visão pode favorecer com que os adolescentes fiquem desatentos à responsabilidade, já que toda população “desculpa” seus erros, pois são “naturalmente irresponsáveis”. É necessário mostrar, desde cedo que ter responsabilidade faz parte da vida, independente da idade ou da fase que se atravesse, além disso, o diálogo com a família aproxima os adolescentes de suas futuras decisões, sem que precisem ter postura de adultos, não vão deixar de ser adolescentes.
As várias pesquisas que existem hoje sobre a adolescência surgiram da necessidade deles e da sociedade definir um papel para ele e uma forma de deixá-los mais saudáveis, para que sejam adultos saudáveis. Mostrar a sexualidade, religião e educação faz com que o adolescente crie sua identidade e conheça sobre ele mesmo, já que esta fase tem se tornado cada vez mais longa e indeterminada, a base biológica ajuda no conhecimento dessa fase. Com isso vem o aspecto social que influencia diretamente no desenvolvimento das pessoas.
Para aprender a lidar com os adolescentes:
– Mostre-lhe sincera amizade.
– Estabeleça uma comunicação baseada no respeito, na confiança e na oportunidade.
– Tem sempre muita compreensão.
– Aprenda a escutá-los- de verdade, valorizando suas opiniões, angústias, por mais estranhas que possam parecer pra você.
– Não canse de incentivá-lo.
– Exija suavemente, mas com firmeza.
– Compartilhe dos seus projetos.
– Meça bem aquilo que vai exigir.
– Mantenha-se firme nas decisões que tiver tomado, reflita bem antes de tomá-la para poder cumpri-la.
– Ceda nas coisas de pouca importância.
O relacionamento familiar e a adolescência pode ser diferente para cada um, com momentos e situações diferentes. Não existe um jeito único de ser e como as coisas acontecem, entretanto é comum observar dificuldades de comunicação entre pais e filhos/as, ou melhor, dito entre adultos e jovens. Isto acontece porque os gostos, o jeito de pensar, o jeito de vestir em fim são diferentes e tem adultos que querem impor os seus próprios gostos, valores nos adolescentes, não respeitando o direito de escolha de cada um. Mas também é verdadeiro que às vezes os e as jovens fazem escolhas que colocam em risco sua saúde e sua própria vida, e isto preocupa aos pais que querem fazer o melhor, mas muitas vezes não sabem como ajudar aos filhos/as. E acabam repetindo o modelo como eles/elas foram educados e tratados, mesmo que quando eles eram jovens não gostaram. Para educar é necessário abrir o dialogo entre jovens e com os/as adultos para juntos aprender como construir um projeto de vida saudável.
Acredite! É possível ter uma boa relação entre pai e filhos adolescentes! Só é necessário paciência e dedicação.