Corte o mal pela raiz
(Uma crônica de Joceane Priamo)
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Cansada de tantas fofocas e atritos no ambiente de trabalho, a chefe de uma renomada empresa usou uma sábia estratégia: na porta de entrada da sua sala colou um cartaz com três indagações:
— O que você vai me contar é verdadeiro?
— As suas palavras contribuem para algo melhor?
— Aquilo que pretende dizer é útil para você e para as pessoas envolvidas?
A segunda-feira inicia e logo nas primeiras horas do expediente uma servidora chega enfurecida, sem bater à porta, entra dizendo em alto tom que tem algo sério para conversar e está indignada com uma situação; a dirigente respira, tranquilamente, depois diz:
— Como vai, Maria? Como posso ajudá-la?
— Eu…
— Espere um pouco, antes de responder minhas perguntas, gostaria de lhe fazer um pedido: que aguarde por cinco minutos enquanto busco um chá.
Ficou surpresa quando retornou… a funcionária esbaforida não se encontrava mais ali, estava executando as suas obrigações em silêncio. Assim como a atitude daquela mulher, grande parte das nossas reações cotidianas são impensadas e muitas vezes criamos problemas desnecessários. Quando tiramos um tempo para refletir antes de agir, conseguimos fazer um bom uso da razão filtrando nossos pensamentos e tomando atitudes mais cautelosas, isso se chama sabedoria.
A desavença nasce no útero da maldade, quanto mais ela cresce, maior se torna a raiz do problema. É preciso cuidar do solo onde pisamos para que erva daninha não ganhe espaço para crescer, nem estrague a semente boa. A calúnia é uma palavra jogada ao vento, começa num sopro, e quando é repassada se torna um furacão, capaz de destruir qualquer relação. Aprenda a identificar aquilo que é tóxico, corte o mal pela raiz para que a semente ruim não contamine o ambiente.
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