Política

Democracia e desafios do Brasil

As articulações políticas dos pré-candidatos à Presidência da República mobilizam os partidos no Brasil, em busca de alianças e nomes que  possam ter a melhor performance nas eleições de 2018.

É quase certo que o ex-presidente Lula esteja fora da disputa, com nome, à esquerda (Boulos, Ciro Gomes e Haddad) em negociação, por uma ampla frente de partidos.

Geraldo Alckmin busca marcar posição, vindo de São Paulo, o mais importante estado de federação. À direita, o nome de Jair Bolsonaro desponta com força, principalmente entre os jovens.

Marina Silva, Joaquim Barbosa, Álvaro Dias e outros figuram como possibilidades, e outros ainda como Luciano Huck, Collor de Melo, Dr. Reid, são nomes que circulam como prováveis.

Collor anunciou que será candidato. Huck teria desistido. O fato é que as eleições prometem alargar o aspecto político, apontando um acirramento das visões ideológicas, tanto à esquerda quanto à direita. O que esperamos, no entanto, que os candidatos apresentem  propostas de gestão, em meio aos desafios globais. O Brasil é um país continental, que precisa de planejamento para melhor aproveitar os grandes recursos naturais que possui, e estratégias que favoreçam iniciativas e produtivas, em todos os campos. Por isso, o debate é salutar, não apenas de questões marcadas por visões ideológicas, mas principalmente práticas, que ofereçam à população soluções concretas.

A reforma política não avançou em muitos pontos, principalmente em meios para evitar o clientelismo e o populismo, ainda velhas práticas que prevalecem em todos os estados do País. Urge, por exemplo, uma reforma tributária, permitindo alavancar novos postos de trabalho e prestação de serviços. Esperamos que haja debate, mais propostas e mais compromisso. A democracia vai se aprimorando a cada eleição, e todos os questionamentos são válidos (a cobrança por voto impresso, para evitar a fraude nas urnas eletrônicas) e tantos outros temas (segurança pública, currículo escolar, etc.)

O que queremos é que o Brasil consiga, nesse ano, superar os extremos, e chegar ao consenso por um projeto de País que beneficie as novas gerações, com oportunidades de estudo, de trabalho e de lazer, com qualidade. E tudo com democracia, para o exercício da liberdade com democracia. É hora de votar. Sugestão: não votar em ninguém que componha o atual Congresso para puni-los pelo fracasso institucional. Assim, certamente a próxima Legislatura olhará mais para o que a população necessita.

Valmor Bolan

Valmor Bolan é Doutor em Sociologia. Professor da Unisa. Ex-reitor e Dirigente (hoje membro honorário) do Conselho de Reitores das  Universidades Brasileiras. Pós-graduado (em Gestão Universitária pela OUI-Organização Universitária Interamericana) com sede em Montreal-Canadá.