Descarte de vidro usado continua com destino correto em Francisco Beltrão
Assessoria/Acefb – Quem nunca se perguntou: o que que vou fazer com essas garrafas que ninguém quer? Ou: o que que vou fazer com esse monte de vidro quebrado aqui em casa ou empresa? Para responder tais perguntas, existe a Rei do Vidro em Francisco Beltrão, microempresa cuidada com todo carinho pelas mãos dos beltronenses Elizandro de Liz e Franciele Lucidônio.
Agentes do meio ambiente, o casal trabalha semanalmente no recolhimento e recebimento de garrafas inteiras e quebradas, garrafões, embalagens long neck, espelhos, vidraças, tudo que é feito de vidro e não “tem mais valor para as pessoas”, a Rei do Vidro dá a destinação correta. “É uma ideia que começou há mais de três anos e penso que estamos fazendo um bem para a sociedade. Tem gente que pensa que vidro quebrado nós não damos o destino correto. Nós levamos sim, mas a nossa preferência é que as pessoas nos tragam os vidros inteiros, quanto mais inteiro, melhor”, explica Elizandro.
Todos os dias, o casal liga (e recebe diversas ligações) de prefeituras e empresas interessadas em contratar o serviço. Após carregar seu caminhão, Elizandro viaja até Curitiba com 20 toneladas de vidro, em média, por semana. “É a lei reversa, as pessoas usam as embalagens de vidro, nós recolhemos e levamos para uma empresa que tritura e depois vai para uma indústria que faz o processo de derretimento do material, transformando novamente em embalagens de vidro. Se todo produto que pode ser reciclado tivesse esse mesmo destino, teríamos um meio ambiente mais limpo e nosso planeta duraria mais”, faz refletir Elizandro.
Pandemia preocupa Rei do Vidro
Longe do fim, a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) tem deixado Elizandro e Franciele preocupados em recolher e receber garrafas usadas pelas pessoas. “Temos todo o cuidado para manipular garrafas que foram utilizadas. Trabalhamos equipados com luvas, óculos, botas. Mas eu quero pedir à população, por favor, porque muitas pessoas dependem desse nosso trabalho. Se a pessoa tiver com sintomas da doença, ou estiver achando que tem a doença, façam a limpeza dessas garrafas antes de trazer para nós. Porque nós estamos em contato direto com as embalagens que podem estar contaminadas. A consciência é de cada um, se andarmos pelo caminho certo, a gente vai se livrar dessa pandemia”, diz Elizandro.
Manoel Brezolin, secretário de Saúde de Beltrão, sugere às pessoas que higienizem as garrafas com sabão, detergente ou álcool 70% antes de se desfazerem delas. “Em algumas superfícies, sabemos que o vírus pode ficar ativo por mais de 72 horas. Aí quem for manipular os frascos após o seu uso, pode se contaminar”.
E o trabalho da Rei do Vidro vai além da pandemia, pois antes desse período delicado, a empresa já favorecia para a diminuição dos casos de dengue no município. “Porque quando garrafas não ficam jogadas à céu aberto, juntando água, a dengue diminui ou nem aparece”, observa Elizandro.
Para mais informações, a Rei do Vidro atende pelos fones (46) 99104-0011 ou 99124-7064.
Legenda: Elizandro é o típico cidadão a serviço do bem-estar da sociedade e da valorização do meio ambiente.
Crédito: Darce Almeida.