ELEIÇÕES E CIDADANIA
ESTA HORA DE ELEIÇÕES É MOMENTO DE ESCOLHA MADURA QUE SEJA PRODUTO DE VALORES DEMOCRÁTICOS E DO CONJUNTO DE VALORES CONSAGRADOS EM NOSSA CONSTITUIÇÃO E NA CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS. CAMINHEMOS NA BUSCA DA UNIÃO E PAZ NO BRASIL SEM RADICALISMOS E FANATISMOS.
Mais uma vez os brasileiros foram convocados a comparecer às urnas para escolherem seus representantes à Presidência da República, ao Governo de Estado, Câmara dos Deputados, Senado Federal e Assembleia Legislativa. Convocados porque o voto não é facultativo, tendo que justificar caso o eleitor tenha algum impedimento para votar. Seria talvez mais amadurecida a nossa democracia se o voto fosse facultativo, mas como a nossa experiência em regimes democráticos é muito recente, teme-se que a não obrigatoriedade do voto pudesse desmotivar as pessoas a votarem. Mesmo assim tem crescido, a cada eleição, o número de abstenções e votos nulos, principalmente entre os jovens.
O que se espera a cada eleição é que o exercício da cidadania seja mais consciente, mas não é ainda o que vem ocorrendo. Mais uma legislatura se passou no Congresso Nacional sem que tenha se efetivado uma verdadeira reforma política, que pudesse aprimorar o nosso sistema, para que mais pessoas de bem e qualificadas pudessem ter mais e melhores oportunidades de participação no processo político, não apenas como parlamentares eleitos, mas também como lideranças de organismos não governamentais, entidades, igrejas, e tantas outras instituições sociais, educacionais, culturais etc. Talvez falte em nossas escolas uma formação para o civismo, o patriotismo, para que haja um amadurecimento no exercício da cidadania, para que não apenas haja melhores eleitos como representantes do povo que sejam mais qualificados intelectualmente e mais capacitados para atuarem no parlamento como também no Executivo. Há muito ainda o que fazer para esse aprimoramento.
Mas mesmo diante de tantas imperfeições, e ainda persiste a crise da representatividade, temos um desafio diante de nós: darmos a nossa contribuição para melhorar o sistema, e essa colaboração começa com a nossa disposição de avaliar bem os candidatos, ver seu histórico, suas palavras e atos, a sua coerência de vida e tudo mais. É assim que começamos a dar melhores respostas aos desafios que estão à nossa volta e que exigem de nós maior discernimento. As eleições não são tudo, mas fazem parte desse processo de conscientização e cidadania. Há muito o que fazer para melhorar o nosso sistema democrático, mas começa, sem dúvida, com o voto consciente, resultante de séria e responsável reflexão.