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Major Pitz participa do “Café e Conhecimento” organizado por núcleo da Acefb

Assessoria/Acefb

Os integrantes do Núcleo Enova da Acefb convidaram nesta semana o Major Rogério Pitz, comandante do 21º Batalhão de Polícia Militar de Francisco Beltrão, para participar do “Café e Conhecimento”. O encontro tem como objetivo convidar pessoas da sociedade para contar sobre suas histórias de vida e da profissão que exercem. “É um projeto em que os participantes interagem com perguntas ao convidado”, explica Alari Navarini, coordenador do Enova.

“Falei a respeito da minha carreira como policial militar, e posteriormente falamos da Instituição Polícia Militar. Para finalizar, falamos a respeito de violência doméstica, tema que gerou bastante discussão e até instigou em alguns integrantes do Enova a realizar um projeto voltado para essa temática”, disse o Major Pitz.

Conforme Pitz, o crime de violência doméstica é o segundo motivo de mais chamadas pelo fone 190 na área do 21º Batalhão, ficando atrás apenas de perturbação de sossego. “Levando isso em consideração, a PM do Paraná resolveu capacitar policiais militares para esse tipo de ocorrência. Criamos um protocolo de atendimento para a primeira intervenção. É quando alguém liga no 190 para informar que uma mulher está sendo vítima de violência. Na sequência os policiais fazem visitas comunitárias, quando há uma medida protetiva, a polícia faz esse atendimento posterior com a vítima e com o agressor. A ideia com isso é diminuir os casos de violência doméstica.

Pitz ressalta que apenas as ações policiais não são totalmente efetivas, é preciso trabalhar em rede, fomentado órgãos públicos como Centro de Referência de Assistência Social (Cras), Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), Assistência Social, para que atuem no combate a esse tipo de violência que tem crescido no Brasil. “Além das palestras que fazemos em escolas públicas e privadas e também nas empresas sobre esse assunto, a ideia é estimular que o Enova também faça esse movimento com as empresas”.

Mais de 30 mil denúncias

De acordo com informações do site gov.br, no primeiro semestre de 2022, a central de atendimento registrou 31.398 denúncias e 169.676 violações envolvendo a violência doméstica contra as mulheres no Brasil. A psicóloga e doutora em sociologia Laura Frade indica que um dos primeiros sinais de que uma mulher está vivenciando um ciclo de violências é o afastamento dela do círculo familiar e de amigos.

“Devemos ficar atentos quando um homem procura afastar a mulher da sua rede de proteção”, alertou. “Nesses casos, é comum observarmos que a mulher está frequentando menos as reuniões sociais, atendendo menos as ligações e demonstrando mais silêncio e tristeza”, apontou.

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