O BICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
AS COMEMORAÇÕES DO BICENTENÁRIO É UMA OPORTUNIDADE DADA AOS BRASILEIROS PARA ESTUDAR MELHOR NOSSO PASSADO COMO FORMA DE INSPIRAÇÃO NA CONSTRUÇÃO DE UM PRESENTE E UM FUTURO, DIGNOS DE NOSSOS ANTEPASSADOS.
O bicentenário da independência do Brasil, que será comemorado no dia 7 de setembro próximo, será, mais uma vez, politizado, tendo em vista o período eleitoral, de forte polarização. Muitos devem transformar a efeméride em campanha eleitoral, favorecendo um dos lados da polarização. Essas apropriações de datas com esse impacto no imaginário popular são comuns de acontecer, a exemplo do que ocorreu com os 500 anos da descoberta do Brasil, em 2000, durante o governo Fernando Henrique Cardoso. O momento das efemérides devem servir de reflexão sobre o nosso processo histórico, com eventos e publicações pertinentes, mas acabam sendo instrumentalizados pelos imediatismo político da circunstância, mesmo assim, de algum modo, suscitam debates, novos estudos e contribuições para o melhor entendimento das ideias e fatos que marcaram a época, com as decisões que influenciaram o modo de vida da população.
A Agência Bonifácio é uma plataforma criada para disponibilizar aos brasileiros episódios marcantes no processo que levou à independência do Brasil, procurando assim, dentre outras iniciativas, mas que deveriam ser muito mais, para divulgar informações que levem à reflexão sobre o período, contribuindo assim para as comemorações do bicentenário da independência do Brasil. O secretário Sérgio Sá Leitão, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa de São Paulo, falando da Agência Bonifácio, afirmou que “um marco tão importante para a história do país precisa ser celebrado ao longo de um período significativo, suficiente para que muitos eventos sejam comemorados. A plataforma estará disponível para consulta até dezembro de 2022 e depois se tornará um registro da celebração do bicentenário”. Em site explicando a iniciativa, constatamos que “ao acessar a Agenda Bonifácio, o público tomará conhecimento, por exemplo, da série de decretos que culminou na proclamação da Independência por Dom Pedro I, em 7 de setembro de 1822. O primeiro deles, na verdade, foi assinado por Maria Leopoldina, em 13 de agosto de 1822, quando ela foi nomeada chefe de Estado e Princesa Regente interina, por motivo de viagem do príncipe para resolver pendências políticas”.
Esta é, portanto, uma das iniciativas para comemorar o bicentenário da independência do Brasil, mas a data requereria muito mais eventos e publicações, e ações que pudessem envolver as escolas de todo o País, para que as novas gerações tenham acesso a documentos e leituras que permitam uma melhor compreensão dos fatos. De qualquer forma, o bicentenário da independência nos leva a valorizar a memória do passado, que nos ajuda também a compreender os desafios do presente. O passado deve nos ensinar como fazer do presente, oportunidade para um futuro melhor. A História traz muitos ensinamentos, por isso devemos procurar aprender com cada acontecimento, e buscar fazer agora o que é possível para sermos melhores como pessoas, contribuindo assim por uma sociedade mais amadurecida com as lições do passado e as possibilidades de hoje e do futuro.