O que é problema psicológico?

Quantos de nós já ouvimos que problema psicológico não passa de “frescura”, ou que só vai ao psicólogo quem é louco?

O psicólogo trabalha com as reações emocionais: medo, tristeza, insegurança, timidez, solidão, ansiedade, amor, auto-estima, dentre outras, estas palavras representam coisas que não podem ser vistas e mensuradas (como seria o caso de uma perna quebrada) e, por isso, são vistas como “frescura”. O psicólogo lida com frustrações, culpas, vergonhas, inabilidades rejeições, impotências e muitas outras coisas. E cada uma destas pode ser problema psicológico, dependendo do grau de sofrimento que ela gera à pessoa.

A imagem popular de que problema psicológico é frescura pode ser muito prejudicial, pois faz com que as pessoas que sintam algum desconforto que seja passível de ajuda psicológica, ou alguém a quem seja indicado um terapeuta, dispense essa ajuda por preconceito ou medo de que isso prejudique sua imagem na sociedade. Esse preconceito pode levar uma pessoa a minimizar problemas que possam estar lhe afetando e deixar de buscar ajuda antes que um pequeno problema se transforma num grande.

Problema psicológico, popularmente, pode ser entendido como oposto ao problema físico. É também chamado de problema mental. Os problemas “mentais” podem ser decorrentes de uma série de fatores: genética, ambiente físico e emocional, relacionamentos estabelecidos, etc. Desta forma, entender e aceitar o problema psicológico necessita de uma aceitação das causas e da mudança de crenças errôneas sobre comportamento humano.

Os comportamentos que temos hoje foram aprendidos desde o nascimento, assim, quando existe um problema psicológico, nem sempre é possível identificar o que levou a seu início. Portanto, problema psicológico é uma forma da pessoa reagir à situação que ela está vivendo.

Os seres humanos estão em constante busca para livrar-se dos sofrimentos e atingir a felicidade, é isso que nos mantém vivos, então, se alguém não alcança esse objetivo pode procurar tratamento psicológico especializado, mesmo que para isso precise passar pelo preconceito da  “frescura”.

 

O que é terapia?

 

O processo psicoterápico trata-se de uma “relação entre uma pessoa que busca ajuda e outra que se dispõe a ajudar, usando para isso, seu conhecimento científico sobre comportamento humano”. Quando busca psicoterapia, a pessoa visa aliviar seu sofrimento e ter mais felicidade e qualidade de vida. Para isso, ela e o terapeuta, analisam os problemas, os sentimentos e os comportamentos, e buscam reformular aqueles que são inadequados para sua vida.

Desta forma, a terapia pode ser um recurso para vários momentos da vida das pessoas, tanto para curar um problema que já a incomoda, quanto para prevenir o surgimento de alguma doença relacionada a este.

 

Quando procurar ajuda do psicólogo?

Algumas vezes, a iniciativa de procurar o psicólogo pode vir da indicação de um outro profissional e fica difícil decidir aceitar ou não. O mais adequado seria procurar a orientação de um psicólogo para que ele avalie a real necessidade de terapia. Entretanto, algumas questões podem ajudar na tomada da decisão:

1. Duração do problema;
2. Compreensão do que está acontecendo e os motivos;
3. O que já foi feito para superar o problema? Os resultados foram positivos e duradouros? O que foi negativo nestas tentativas?
4. Conseqüências que o problema traz para sua vida e o grau de sofrimento.
5. Alcance do problema: vem sozinho ou acompanhado de conseqüências (ex: ansiedade gera aumento do consumo de alimentos e conseqüente ganho de peso).

 

Outros sintomas também podem ser um alerta para a hora certa de procurar um psicólogo: dificuldade para dormir ou insônia, falta de vontade para fazer quase tudo, vontade de ficar sozinho constante, choros constantes, dificuldade de aprendizagem, concentração ou para tomar decisões, agressividade e mal-humor constantes, medos, ter dificuldades em realizar atividades já apreendidas entre outros. Refletindo sobre essas questões pode-se ter mais clareza da gravidade do problema em seu cotidiano e decidir pela busca ou não de ajuda.