Psicologia

Os excessos da era digital

Jovens que passam muito tempo em redes sociais têm mais propensão a apresentar tendências narcisistas, estimula o individualismo e a dificuldade de relacionamentos na vida real. Além disso, segundo pesquisa coordenada por Larry D. Rosen, professor da Universidade do Estado da Califórnia, nos Estados Unidos, uma série de outras desordens psicológicas podem aparecer. A lista inclui comportamento antisocial ou maníaco e até depressão, segundo informa o site IBTimes.

A pesquisa apresentada por Rosen em palestra durante a 119ª Convenção Anual da Associação Americana de Psicologia também mostra que as distrações oferecidas por uma das maiores redes sociais do mundo podem afetar o aprendizado dos jovens, o que resultaria em notas mais baixas. Por outro lado, pondera o psicólogo, os estudos sobre as alterações de comportamento geradas pelo Facebook só agora começam a apresentar resultados mais sólidos.

Há artigos que tratam ainda das “selfies” como potencialmente desencadeadoras de busca excessiva de atenção e dependência da tal aceitação social (as famosas curtidas).

            Saliente-se, contudo, que existem inúmeras vantagens da tecnologia para vida das pessoas: ela pode aproximar pessoas e ampliar as relações sociais, contando que consigamos generalizar as amizades virtuais para outros contextos.

Como tudo na vida é necessário ter equilíbrio, nem demais nem de menos, usemos a tecnologia a nosso favor.

O uso da tecnologia pode tornar-se um problema quando a pessoa passa a negligenciar atividades do cotidiano por preferir interagir com a plataforma digital. E isso vem ocorrendo cada vez mais cedo! O psicólogo pesquisador Cristiano Nabuco, doutro em psiquiatria e coordenador do grupo de Dependência Tecnológica da USP destaca que o que se percebe são crianças (que sequer conseguem com o peso da cabeça e já está com um tablete). O cérebro da criança tem um determinado tempo de maturação. Os brinquedos antigos dão chance ao cérebro, à medida que a criança interage, cria sintonia, refinamento motor e cognitivo. No momento em que você coloca um tablet, cheio de luzes, efeitos, no colo de uma criança, aquilo não respeita qualquer ecologia psicológica. “Pela primeira vez na história, o acúmulo de conhecimento não está sendo sinônimo de um salto qualitativo intelectual das pessoas”, declara ele.

Existem 8 sinais que alertam quando o uso excessivo pode ser considerado patológico: Preocupação excessiva com a internet, necessidade de cada vez aumentar o tempo online para ter a mesma satisfação, demandar muito esforço para diminuir o tempo da tecnologia, sinais de irritabilidade ou depressão, instabilidade emocional quando uso é restringido, ficar mais tempo conectado do que tinha planejado, ter trabalho e relações sociais reais em risco, mentir o tempo que passa conectado.

Caso reconheça pessoais com estes indícios, fique atento e busque orientação de um profissional de confiança.

Francieli Franzoni Melati

Francieli Franzoni Melati Psicóloga – CRP 08/9543 Francisco Beltrão - PR