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OTÍLIO ALVES DA MAIA COM SERGINHO CHULAPA E DADÁ MARAVILHA

O ex-árbitro de futebol de Francisco Beltrão, Otílio Alves da Maia, guarda em seus arquivos  fotos com os craques Serginho Chulapa e Dadá Maravilha

A foto é dos anos 80, quando o time do MILIONÁRIOS veio a Francisco Beltrão jogar contra os veteranos do CE União. Foi um jogo amistoso, de muita confraternização e homenagem aos renomados goleadores, que atuaram nas grandes equipes do futebol brasileiro e também na Seleção Brasileira dos anos 70 e 80.  Dadá Maravilha foi goleador com mais evidência na equipe do Clube Atlético Mineiro e Serginho Chulapa deixou seu nome escrito na história do São Paulo FC e do Santos da Vila Belmiro. Otílio Alves de Maia curtiu os seus ídolos, apitou o jogo no Estádio Anilado, conversou muito com Dadá e Chulapa sobre suas carreiras e, com eles, fez questão de deixar o encontro registrado em fotos.

DADÁ MARAVILHA NA SELEÇÃO BRASILEIRA DE 1970 –

Abordo este assunto porque existiram muitas controvérsias sobre a convocação do centroavante Dadá. Ele que dizia, “sou o  artilheiro que paro no ar, igual o beija-flor”. Na convocação da Seleção Brasileira que seria Tricampeã mundial no México, houve uma interferência muito forte do presidente militar general Emílio Garrastazu Médici. Dadá Maravilha não fora convocado pelo técnico da seleção, o jornalista João Saldanha, que chamava os seus convocados de “as feras do Saldanha”. Médici exigiu que Dadá fosse convocado, em função de ele ser, na época, um dos maiores goleadores dos times brasileiros. Saldanha disse um NÃO ao presidente Médici. O jornalista e técnico chegou a declarar à imprensa que “o presidente convoca os seus ministros e eu convoco os jogadores da seleção”. Resultado: envolvidos no assunto João Saldanha, presidente Médici e CBF, sobrou para Saldanha, que acabou demitido. No seu lugar, veio Mário Jorge Lobo Zagalo, que ficou consagrado com a conquista de mais um título mundial com a Seleção do Brasil.

Notem os leitores, que na Seleção Brasileira não tinha lugar para Dadá Maravilha, pois que no ataque tinham lugar garantido Jairzinho (o furacão da Copa), Pelé, Tostão e Rivelino. Dadá Maravilha integrou a seleção de 70, mas ficou no banco, com certeza, esperando uma oportunidade que até hoje não veio. Ele era bom, um ótimo fazedor de gol, mas Jairzinho, Pelé, Tostão e Rivelino eram muito melhores. Dadá Maravilha foi campeão mundial pela vontade do presidente militar, mas não jogou.