A última do ano
Cá estou eu de novo, nestes últimos dias de um 2021 único em nossas vidas. Claro, único todo ano é, afinal cada um é diferente do anterior. Mas pensando na marca que um período deixa, acho que este que está se encerrando nos fez valorizar ainda mais a retomada de algumas coisas simples, que antes eram só paisagem. É como aquela história de apenas valorizar algo quando se perde.
Depois de um 2020 quase inteiro com a sensação de que nada pôde ser feito, um 2021 onde algo começou a ser realizado novamente. Um verdadeiro ano de renascimento para muita gente. Tudo isso logo após um momento absurdamente inesperado em que, em vários casos, alguns foram de cem até zero em pouco tempo.
E sobre tudo que aconteceu e aqui mesmo, nestas linhas, foi falado, tivemos momentos de política, entretenimento, comunicação, uma Expobel da retomada que virá por aí e um futuro para o Brasil. Conversamos sobre vida e sobre morte, sobre ganhar e perder. E continuamos tendo muitas perdas insubstituíveis neste ano.
Também refletimos sobre pequenos instantes, detalhes minúsculos da melhor matéria-prima para a criatividade, que entre um ano e outro, ainda continua sendo a vida.
Trocamos ideias sobre futebol e sua nova forma de consumo, sobre caça-cliques e a pandemia digital que vai muito além do vírus e das vacinas – que inclusive também podem imunizar com relação às fake news, cada vez mais perigosas – inclusive para nossa saúde.
A (nova) cultura do cancelamento, a simplificação de vários conceitos, as dezenas ou até centenas de ataques à imprensa. Tudo isso fez, faz e fará parte de um novo mundo construído a cada novo brinde da virada. Porque, junto com o ano, vira nossa forma de pensar e ver a vida.
E assim, se vocês continuarem permitindo, espero seguir em 2022: sendo parte de 5 minutinhos do seu dia com essa troca de palavras e de carinho que recebo de muita gente que está, nesse exato momento, lendo essas linhas. Agora, prometo que só volto no ano que vem. Espero que fiquem com saudade. Um feliz e mágico ano novo, que sempre nos prove que até o que já era bom pode ser superado e se tornar ainda melhor.
