Nutrição

CONEXÃO CORPORAL: COMO ESTÁ A SUA?

“Como funciona seu intestino?”, eu pergunto. “Ah, acho que é bom sim”, a paciente responde. “Porque você acha que ele funciona bem?”, eu novamente questiono. “Ah, nunca parei pra reparar. Então acho que é bom!”, recebo a resposta.

Isso não me aconteceu uma só vez, mas acontecem várias vezes! Quando pergunto sobre o intestino, sobre o ciclo menstrual, sobre o consumo de água..muitas respostas são evasivas e cheias de dúvida. 

Não é de hoje que tenho percebido que muitas pessoas tem uma conexão baixíssima com o corpo: não percebem sintomas, não conseguem me dizer que se acreditam ter alterado o peso e, geralmente, essas mesmas pessoas pontuam mais defeitos do que qualidades físicas nelas mesmas. 

Quando estamos conectados com a parte estética do nosso corpo, focamos apenas em números. Queremos que o peso da balança, o percentual de gordura e o número da calça jeans diminua a todo custo. E queremos tanto que não nos sobra tempo e energia pra reparar em sinais muito importantes para nossa saúde: estamos gripando com frequência? Como está nosso intestino? Como funciona meu ciclo menstrual? O que altera ou melhora o meu sono? Como está meu fôlego para subir uma escada e meu alongamento para amarrar os cadarços? O meu corpo está mais forte e ágil com os exercícios físicos? Esses são algumas observações que ignoramos sem perceber, pois estamos pensando somente no bendito número. 

Porém, aquele número que demanda tanta atenção talvez não te dê as informações necessárias para entender sua saúde. Vejo tantos casos de homens e mulheres que, fixados na balança, não perceberam vários sinais de problemas (graves, inclusive) se aproximando. A idéia vira um mero detalhe e nosso corpo entra numa desconexão sem fim. 

Segundo o site da Greater Good (da universidade de Berkley), mindfulness significa ‘atenção plena’: é viver aquele momento com consciência sobre nossos sentimentos e sensações físicas, sem um julgamento ‘certo’ ou ‘errado’. 

O mindfulness vem sendo bastante difundido ultimamente, se aplica totalmente a essa desconexão. Ou não se aplica, no caso.

Não paramos para perceber o que estamos sentindo, de onde vem aquela dor, aquele inchaço, aquele incômodo. Já queremos resolver, curar ou dominar aquela sensação, sem nos permitir entender o que está se passando. Se temos uma dor de cabeça, não avaliamos nosso sono, stress, a alimentação e o consumo de água: corremos já para o analgésico. Santo analgésico, que muitas vezes é necessário. Mas não seria mais inteligente tentar entender o que aconteceu para evitar a próxima dor de cabeça, ao invés de viver tomando um remédio que poderia ser evitado?

Faça o exercício de se perceber mais, além da correria diária, da balança e das calorias no prato. Esse exercício tão gentil que podemos fazer por nós mesmos nos dá não só autonomia, mas uma sensação de auto cuidado que vale mais que qualquer número!

Autora do texto: Nutricionista Marina Nogueira.

Fonte: https://www.naocontocalorias.com.br/naocontocalorias/conexaocorporal

Larissa Fachinello

Larissa Fachinello – Nutricionista CRN 08-9413 46 9 9919-0617 / 46 9 8821-9577 nutrilarif@gmail.com Rua Minas Gerais Bairro Alvorada nº599 – anexo ao consultório de psiquiatria.