Coluna PET

CONTAMINAÇÃO ALIMENTAR Parte 3: A Contaminação Física

A contaminação Física é aquela que ocorre quando um objeto ou corpo estranho – ou partícula não pertencente aos ingredientes – acaba entrando em contato com o alimento. Isso pode apresentar um risco adicional de trazer algum tipo de contaminação biológica ou química.

Dentro do processo produtivo, diversos materiais, usados ou não na produção ou manipulação dos alimentos, podem liberar partículas e acabar agregando-se a estes.

Coisas de uso comum ou mesmo totalmente estranhas aos processos, como fragmentos ou pedaços de algum utensílio ou peça de máquinas; partículas de vidro, madeira, rochas, areia, metais, minérios, plástico, papel; cabelo, unhas e pelos; fragmentos de plantas ou insetos; ou mesmo partes extraídas de alguma matéria-prima, como cascas, galhos ou ramos, folhas, ossos, sementes… Até mesmo adereços ou peças de vestuários, como alianças, brincos, botões e outras partes que possam, acidentalmente cair durante o processo de fabricação ou preparo. Tudo aquilo que não faz parte do alimento ou de seus ingredientes é um corpo estranho, uma contaminação física, que pode representar diversos graus de risco.

A contaminação física, dependendo da matéria, pode, também, gerar uma contaminação química por produzir reações e liberar ou gerar substâncias tóxicas; por isso, a atenção e controle no processo produtivo ou de preparo dos alimentos, mesmo em nossas cozinhas (preparação doméstica), é muito importante. É comum o uso de utensílios plásticos em nossas casas. Determinados materiais não devem ser submetidos a temperaturas extremas (calor ou frio) ou mesmo levados ao micro-ondas, pois podem liberar substâncias tóxicas, como é o caso do Estireno e do Bisfenol-A, substâncias altamente tóxicas e cancerígenas e que podem causar uma série de distúrbios gastrintestinais , metabólicos, imunológicos e neurológicos. O uso destes materiais requer cuidados. Geralmente, mesmo que se conheça estes riscos, as pessoas pensam que se trata somente da exposição ao calor e acabam submetendo estes utensílios ao uso para congelamento de alimentos, o que causa o mesmo dano.

As contaminações físicas podem levar a riscos diretos, relacionados à ingestão de partículas, que podem causar desde danos dentários, até problemas mais sérios de obstruções, lesões ou perfurações do trato digestivo, podendo até mesmo atingir outros órgãos.

A presença de corpos estranhos pode simplesmente descaracterizar um produto, gerando repulsa ou rejeição pelo alimento.

O impacto causado por um eventual descuido ou falha de produção ou manipulação de alimentos pode ser grave e causar danos à saúde individual ou coletiva ou mesmo causar prejuízos à empresa.

Por muitas vezes, a contaminação física está associada à contaminação biológica, pois não faz parte do processo, podendo representar um risco ainda maior.