Psicologia

Relacionamentos amorosos

Relacionamentos são sempre complicados, especialmente quando falamos dos que envolvem amor romântico. Não é nada difícil encontrar pessoas que parecem cair no mesmo padrão amoroso: elas conhecem alguém, se apaixonam, passam um tempo com a pessoa e, de repente, a pessoa simplesmente perde o interesse e pula fora. Por que será que isso acontece?

Kelly Campbell escreveu sobre esse assunto no Psychology Today, afinal na maioria das vezes a Psicologia pode mesmo explicar nossos comportamentos, principalmente aqueles que se repetem e criam padrões nos quais nos vemos presos. Para Campbell, as razões principais que levam as pessoas a perderem o interesse em alguém são as seguintes:

  1. Falta de confiança – A fim de desenvolver a confiança no outro, é fundamental trabalhamos a autoconfiança;
  2. Necessidade do outro – Em uma relação duradoura, busca-se uma unidade com o outro de forma intensa e exigente, daí a dificuldade de fazê-la durar. Exige-se, ao mesmo tempo, autossuficiência e relação de fusão (Guedes & Assunção, 2006). Isso acontece porque conciliar a intimidade da vida a dois com preservação da individualidade é um desafio para os relacionamentos na atualidade.
  3. Hora certa – Tudo tem hora certa, inclusive o de estarmos preparados para as relações amorosas.
  4. Evolução da relação acelerada e excesso de cobranças – Isso é típico de relacionamentos que começam rápido demais, quando as pessoas querem ficar juntas o tempo todo, trocam inúmeras mensagens durante o dia, se falam o tempo todo… O problema é que muitas vezes esse excesso de tempo junto, essa pressa toda pode condenar o relacionamento a um fim precoce.

A progressão saudável do seu relacionamento depende tanto de manter o equilíbrio e evitar mergulhar de cabeça. Quando estiver começando um novo namoro, vá com calma, conheça a outra pessoa, não priorize a nova relação, não abandone amigos e outros aspectos da sua vida particular. Cheque, também, as coisas que vocês têm em comum e não ache que só porque a coisa tem química ela será duradoura.

Para Rosset (2004), o relacionamento tende a se tornar difícil quando um homem e uma mulher não reconhecem que são biologicamente diferentes, obtendo formas distintas de enfrentar algumas questões e cada um quer que o outro atenda a suas expectativas. Homens e mulheres são diferentes em diversos aspectos e isso deve ser respeitado e levado em conta a fim de diminuir as dificuldades na comunicação.

As relações atuais são descritas, por muitos jovens, com características como predominância da individualidade, superficialidade, pouco investimento e instabilidade.

No fim das contas, o bom senso é a regra que faz mais sentido e que pode nos ajudar a ir com calma e a mudar os padrões.

Francieli Franzoni Melati

Francieli Franzoni Melati Psicóloga – CRP 08/9543 Francisco Beltrão - PR